terça-feira, 30 de setembro de 2008

BRIC







BRIC é um acrônimo criado em novembro de 2001 pelo economista Jim O´Neill, do grupo Goldman Sachs, criou o termo para designar os 4 (quatro) principais países emergentes do mundo, a saber: Brasil, Russia, India e China no relatório "Building Better Global Economic Brics". Usando as últimas projeções demográficas e modelos de acumulação de capital e crescimento de produtividade, o grupo Goldman Sachs mapeou as economias dos países BRICs até 2050. Especula-se que esses países poderão se tornar a maior força na economia mundial.

Se os resultados correrem como esperado em menos de 40 anos as economias BRICs juntas poderão ser maiores que as dos G6 (Estados Unidos da América, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) em termos de dólar americano (US$).

O estudo ressalta que cada um dos quatro enfrenta desafios diferentes para manter o crescimento na faixa desejável. Por isso, existe uma boa chance de as previsões não se concretizarem, por políticas ruins, simplesmente má sorte, ou por erro nas projeções.

Mas se os BRICs chegarem pelo menos próximos das previsões, as implicações na economia mundial serão grandes. A importância relativa dos BRICs como usina de novas demandas de crescimento e poder de gasto pode mudar mais sensível e rapidamente do que se imagina a economia mundial.

De acordo com o estudo, o grupo possuirá mais de 40% da população mundial e juntos terão um PIB de mais de 85 trilhões de dólares (US$). Esses quatro países não formam um bloco político (como a União Europeia), nem uma aliança de comércio formal (como o Mercosul e ALCA) e muito menos uma aliança militar (como a OTAN), mas formam uma aliança através de vários tratados de comércio e cooperação assinados em 2002 para alavancar seus crescimentos.

Participação dos Países

Dentro dos BRICs haveria uma clara divisão de funções. Ao Brasil e à Rússia ficaria o papel de produtor de alimentos e produtor de petróleo respectivamente. Ambos seriam também fornecedores de matéria prima.

Os negócios de serviços e de manufatura estariam principalmente localizados na Índia e China, devido à concentração de mão-de-obra naquele e tecnologia neste.

Influência dos BRICs


A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), no Brasil, ocupa a posição de Terceira maior bolsa do mundo em termos de capitalização.

Atualmente

Os BRICs, apesar de ainda não serem as maiores economias mundiais, já exercem grande influência, o que pode ser presenciado claramente na reunião da OMC em 2005, onde os países em desenvolvimento

liderados por Brasil e Índia juntaram-se a países subdesenvolvidos para impor a retirada dos subsídios governamentais na União Européia e os Estados Unidos e a redução nas tarifas de importação e comércio nos mesmos. Alavancando assim o crescimento dos "BRICs" e outros países afetados pela pobreza.

Rússia, Índia e China já são superpotências militares, ao contrário do Brasil que ainda não apresentou momentos históricos necessários para uma corrida armamentista. Todos eles estão

em processo de desenvolvimento político e econômico para se adequarem aos demais países desenvolvidos.

No futuro

Em 2050, os BRICs já seriam as maiores potências econômicas do mundo; ultrapassando assim a União Européia e o ainda em crescimento Estados Unidos da América. Se formado um bloco econômico, seria uma parceria perfeita para o sucesso extremo e a onipotência mundial.

O Brasil desempenharia o papel de país exportador agropecuário, tendo como principais produtos a soja e o boi. Tudo isso seria necessário para alimentar mais de 40% da população mundial. A cana-de-açúcar também desempenharia papel fundamental na produção de combustíveis renováveis e ecologicamente corretos, como o álcool e a recente atração, o biodiesel. Além de fornecer matérias-primas essenciais a países em desenvolvimento, como o petróleo, o aço e o alumínio, que também são encontrados nos parceiros latinos, fortemente influenciados pelo Brasil, como Argentina, Venezuela e Bolívia. Mas talvez o mais importante papel do Brasil estaria em suas reservas naturais de água, na fauna e na flora, ímpares em todo o mundo, que em breve ocuparão o lugar do petróleo na lista de desejos dos líderes políticos de todos os países. O Brasil ficaria em 5º lugar no ranking das maiores economias do mundo em 2050.

A Rússia desempenharia papel parecido ao do Brasil, fornecendo matéria-prima e abasteceria a grande população dos BRICs com sua grande produção agropecuária devido à seu extenso território. Mas teria também como papel a exportação de mão-de-obra altamente qualificada e tecnologia de ponta herdadas da Guerra Fria. Além de todo seu poderio militar.

A Índia terá a maior média de crescimento entre os BRICs e estima-se que em 2050 esteja no 3º lugar no ranking das economias mundiais, atrás apenas de China (em 1º) e EUA (em 2º). Com sua grande população, a indústria ficaria situada neste país, e também por ter grandes investimentos na profissionalização de sua população e investimentos em tecnologia, além de toda sua tradição nas ciências exatas. Com também grande poderio militar.

Estima-se que a China seja em 2050 a maior economia mundial, tendo como base seu acelerado crescimento econômico sustentado durante todo início do século XXI. Terá grande concentração de indústria devido à sua população e tecnologia. Também com grande poderio militar. A China se encontra atualmente num processo de transição do capitalismo de Estado para o capitalismo de mercado que já deverá estar completo em 2050, mas ainda não se sabe se o governo irá continuar totalitarista ou se a China irá evoluir completamente para um país democrático aos moldes ocidentais impostos pelos Estados Unidos após a Guerra Fria.

Nada se sabe ao certo sobre o futuro dos BRICs, pois todos os países estão vulneráveis a conflitos internos, governos corruptos e revoluções populares, mas se nada de anormal acontecer iremos presenciar o início de uma era totalmente diferente de tudo que já aconteceu ao decorrer da história das nações. O início de um mundo totalmente apolarizado, onde desapareceria por completo a idéia de "norte rico, sul pobre". Onde todos os países se contrabalançariam. Juntos, os BRICs teriam um poder inigualável, comandados pelo dragão chinês. E quem sabe o início de uma revolução dos países africanos a fim de finalmente renascerem perante o mundo e o início de uma unificação mundial, a verdadeira globalização.

Finalmente, por conta da popularidade da teoria do banco Goldman Sachs, cogita-se ainda outras siglas, como BRIMC (Brasil, Rússia, Índia, México e China) e BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), incluindo México e África do Sul como nações com igual potencial de crescimento nas próximas décadas.


FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/BRIC


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