sábado, 30 de outubro de 2021

A falta de alinhamento dos sócios causa a falência e fechamento de muitas empresas.

 É muito comum encontrarmos em diversas empresas a falta de alinhamento entre sócios e, o resultado e consequência disso é a falência e fechamento de empresas com alto potencial de rentabilidades e geração sustentável dos negócios.

Observar sócios ansiosos, com falta de visão, com egos inflados e, descontrolados em suas tarefas gerenciais nas delegações aos seus subordinados é mais que comum atualmente.

Com o rápido avanço da tecnologia e das necessidades humanas que surgem dia a dia, faz-se necessário que os sócios se atualizem diante dos desafios complexos no gerenciamento das empresas. O mundo empresarial exige cada vez mais sócios ágeis, alinhados com a visão empresarial uns dos outros, muito motivados, bastante disciplinados, com visão estratégica de futuro uníssono e com papeis e responsabilidades bem definidos.


De nada adianta sócios altamente qualificados, ou seja, com vários títulos de cursos técnicos, graduação, pós graduação etc. se estes não estão altamente preparados para atuar a situações desafiadoras no dia a dia das empresas. É muito importante que haja dentro das empresas uma boa estrutura organizacional, bem como, uma boa cultura organizacional e, essas somente são possíveis se os sócios são agentes principais em perpetrar todos os dias essa postura organizacional com foco, objetividade e clareza.

Muito importante que os sócios tenham um bom alinhamento entre eles e, deixem bem claro para todos os diretores, gestores, líderes e todos os funcionários o entendimento de como cada um deles colaborarão com suas competências, habilidades e atitudes diante das necessidades essenciais nas empresas.

Os sócios precisam eliminar os estereótipos e ter uma boa comunicação com seus funcionários de forma madura e com maturidade sobre o que pesam e desejam dentro da empresa. Atitudes como a cotidiana comunicação com sinceridade e objetividade faz com que seja eliminado ruídos de comunicação dentro da empresa, fomentando assim a colaboração genuína de todos os membros da empresa, avançando com novos padrões de melhoria contínua.


Importante que os sócios pratiquem todos os dias a técnica do AUMENTAR, REDUZIR, AUMENTAR e MELHORAR. Nessa importante técnica e no alinhamento dos sócios, eles precisam responder, ilustrar e fazer acontecer o que se lê nas questões a seguir.

Como os sócios irão

 

§  AUMENTAR as entradas as entradas de caixa de curto prazo?

§  REDUZIR as saídas de caixa de curto prazo?

§  AUMENTAR a competitividade da empresa no médio prazo?

§  MELHORAR o significado da sustentabilidade da empresa no longo prazo?


Algumas ferramentas podem ser usadas para melhorar o desenvolvimento dos sócios, como SWOT (pessoal), EqMap e Papeis de Responsabilidade.

 

§      SWOT (pessoal) – para determinar os pontos fortes e fracos de cada sócio e, também para fortalecer as forças e mitigar as ameaças. A análise SWOT é uma ferramenta de gestão que serve para fazer o planejamento estratégico de empresas e novos projetos. A sigla SWOT significa: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) e é conhecida como Análise FOFA ou Matriz SWOT.

§  EqMap – para avaliar o nível de equilíbrio emocional de cada sócio. O EqMap é um teste comportamental desenvolvido por especialistas norte americanos em liderança (Robert Cooper e Ayman Sawaf), permitindo desta forma uma integração entre a mensuração do Quociente Emocional dos Colaboradores e Sócios e, o posterior desenvolvimento destes de forma consistente e substanciada.

§      Papeis e Responsabilidades – para avaliar o grau de alinhamento entre os sócios e a conexão existente entre eles, bem como, o nível de aderência às boas práticas de mercado. Os sócios são responsáveis em ditar a cultura da empresa o que, de certa forma é realizada durante a vivência diária dos valores corporativos. Valores estes que devem ser definidos e vividos, alinhados a missão, visão e valores. Nessa fundamental atitude entre os sócios é importante a realização de algumas reflexões: O volume de trabalho está igualmente distribuído entre os sócios? Existe algum sócio sobrecarregado de responsabilidades e desmotivado? Todos os sócios praticam bons diálogos e ouvem uns aos outros? E por último e, não menos importante, todos os sócios estão satisfeitos com a remuneração pessoal, distribuição de lucros e resultados econômicos financeiros da empresa? Se alguma dessas reflexões incomodar algum sócio é o momento de uma atitude rápida e cautelosa para resoluções e melhoria do alinhamento dos sócios. Uma boa dica é a contratação de consultorias especializadas e auxílio de psicólogos.

 

Sugestão do EQ MAP:

 

Chamada para o preenchimento do EQMAP

https://youtu.be/Eke9v9EwHPs

 

Consultoria de Inteligência Comportamental

https://olhodetigre.com.br/eq-map/


Interpretação de todas as escalas-Mapeamento de Perfil Comportamental EQ MAP

https://youtu.be/g99JPpmYmcQ

  

Consultor de Empresas e Professor Willian Ferreira dos Santos.

 

 




 






quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Há 128 anos o Brasil deixava de ter um imperador

Hoje comemoramos uma data muito importante, pois, há 128 anos o Brasil deixava de ter um imperador, trata-se da Proclamação da República do Brasil. Proclamação da República Brasileira foi um erguimento político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista do governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil, ou seja, o então conhecido Brasil Império ou Brasil Imperial e, por conseguinte, assentando fim à soberania do imperador D. Pedro II. Foi, então, proclamada a República do Brasil. Depois do Período Colonial (1530 – 1815), Reino Unido (1815 – 1822) e Período Imperial (1822 – 1889), iniciava-se então a Primeira República (1889 – 1930), que foi seguindo com a Era Vargas (1930 – 1945), Quarta República (1946 – 1964), Ditadura Militar (1964 – 1985) e finalmente o que vivemos atualmente, na qual entrou para a história como a Sexta República (1985 – atual).


Assim como a Proclamação da República Brasileira em 1889, tivemos um momento muito importante em nossa história. Trata-se do Movimento Diretas Já, que foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983 – 1984. A possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no Brasil se concretizaria com a votação da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada, frustrando a sociedade brasileira. Ainda assim, os adeptos do movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte quando Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.


Para reprimir as manifestações populares, durante o mês de abril de 1984, o então presidente João Figueiredo aumentou a censura sobre a imprensa e ordenou prisões, ocorrendo violência policial. Apesar da rejeição da Emenda Dante de Oliveira na Câmara dos Deputados, o movimento pelas "Diretas Já" teve grande importância na redemocratização do Brasil. Suas lideranças passaram a formar a nova elite política brasileira e o processo de redemocratização culminou com a volta do poder civil em 1985, na aprovação de uma nova Constituição Federal de 1988 e com a realização das eleições diretas para Presidente da República em 1989. Aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte em 22 de setembro de 1988 e promulgada em 5 de outubro de 1988,Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a lei fundamental e suprema do Brasil, servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies normativas, situando-se no topo do ordenamento jurídico. Pode ser considerada a sétima ou a oitava constituição do Brasil e a sexta ou sétima constituição brasileira em um século de república.


Até essa época, parecia que nosso país tomaria novos rumos frente há um mundo globalizado e com uma economia internacional muito disputada mundialmente afirmando. O Movimento Diretas Já teve seu pleito e sucesso consagrado com a Constituição de 1988. Em 1989 Fernando Collor de Mello foi eleito por pequena margem de votos (42,75% a 37,86%) sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), em campanha que opôs dois modelos de atuação estatal: um pautado na redução do papel do Estado (Collor) e outro de forte presença do Estado na economia (Lula). A campanha foi marcada pelo tom emocional adotado pelos candidatos e pelas críticas ao governo de José Sarney. Collor se autodenominou "caçador de marajás", que combateria a inflação e a corrupção, e "defensor dos descamisados". Lula, por sua vez, apresentava-se à população como entendedor dos problemas dos trabalhadores, notadamente por sua história no movimento sindical.


Entre as primeiras medidas para a economia, houve uma reforma administrativa que extinguiu órgãos e empresas estatais e que promoveu as primeiras privatizações, abertura do mercado brasileiro às importações, congelamento de preços e prefixação dos salários. Embora inicialmente tenha reduzido a inflação, o plano trouxe a maior recessão da história brasileira, até então, resultando no aumento do desemprego e nas quebras de empresas. Aliado ao plano, o presidente imprimia uma série de atitudes características de sua personalidade, que ficou conhecida como o "jeito Collor de governar". Em 1992 tivemos nossa história manchada por um processo de impeachment do Presidente Collor; A população ganhou as ruas e surgiram os caras pintadas que pediam o afastamento do então da presidente Fernando Collor de Mello. Os Caras Pintadas foram destaque na mídia nacional e internacional.


processo de impeachment de Fernando Collor transcorreu no final de 1992 e foi o primeiro processo de impeachment do Brasil e da América Latina, resultando no afastamento definitivo de Fernando Collor de Mello do cargo de presidente da república. O processo, antes de aprovado, fez com que Collor renunciasse ao cargo em 29 de dezembro de 1992, deixando o cargo para seu vice Itamar Franco. Mesmo assim, o processo continuou e os parlamentares se reuniram em plenário para a votação do impeachment e decidiram que o presidente não poderia evitar o processo de cassação pela apresentação tardia da carta de renúncia. Com o julgamento, Collor ficou inelegível por 8 anos. Collor foi acusado de corrupção pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello, em matéria de capa da revista Veja, em 1992.


Não bastando esse episódio terrível que legitimou com a péssima imagem do nosso país mundo afora, tivemos outro processo impeachment. O processo iniciou-se com a aceitação, em 2 de dezembro de 2015, pelo presidente da Câmara dos DeputadosEduardo Cunha, de uma denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador de justiça aposentado Hélio Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, e se encerrou no dia 31 de agosto de 2016, resultando na cassação do mandato de Dilma. Assim, Dilma Rousseff tornou-se a segunda pessoa a exercer o cargo de Presidente da República a sofrer impeachment no Brasil. Mais uma vez o povo brasileiro ganha as ruas em protesto e pedindo o afastamento da Presidente Dilma Rousseff.


As acusações versaram sobre desrespeito à lei orçamentária e à lei de improbidade administrativa por parte da presidente, além de lançarem suspeitas de envolvimento da mesma em atos de corrupção na Petrobras, que eram objeto de investigação pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato. A propósito, não bastando tudo isso, temos outro momento marcante em nossa história conhecido mundial e defendida por muitos brasileiros, conhecido como Operação Lava Jato.


Operação Lava Jato é um conjunto de investigações em andamento pela Polícia Federal do Brasil, que cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina. A operação teve início em 17 de março de 2014 e conta com 45 fases operacionais, autorizadas pelo juiz Sérgio Moro, durante as quais mais de cem pessoas foram presas e condenadas. Investiga crimes de corrupção ativa e passivagestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosaobstrução da justiçaoperação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. De acordo com investigações e delações premiadas recebidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato, estão envolvidos membros administrativos da empresa estatal petrolífera Petrobras, políticos dos maiores partidos do Brasil, incluindo presidentes da República, presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e governadores de estados, além de empresários de grandes empresas brasileiras. A Polícia Federal considera-a a maior investigação de corrupção da história do país.


Após a Polícia Federal deflagrar a Operação Lava Jato em março de 2014, o Ministério Público Federal em Curitiba criou uma equipe de procuradores para atuar no caso. A força-tarefa do Ministério Público Federal compõe-se de Deltan Dallagnol, Carlos Fernando Lima, Roberson Henrique Pozzobon, entre outros. Também são associados à operação um grupo de trabalho atuando junto à Procuradoria-Geral da República em Brasília, criado em janeiro de 2015 para auxiliar na investigação e acusação e dar ajuda ao procurador-geral na análise de processos em tramitação, e uma segunda força-tarefa, instituída em dezembro de 2015 pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, que trabalha junto ao Superior Tribunal de Justiça. O nome da operação foi dado por Erika Mialik Marena, uma delegada da Polícia Federal em Curitiba, em março de 2014; deve-se ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis pela quadrilha para movimentar os valores de origem ilícita.

Após toda essa profunda reflexão e, analisando/estudando nossa constituição, logo entendo que, nossa forma de governo: REPÚBLICA, nosso sistema de governo: PRESIDENCIALISMO, nosso regime de governo: DEMOCRACIA e, nossa forma de estado: FEDERAÇÃO; Entretanto, fica a dúvida, ou seja, o que precisamos mudar em nosso país para termos uma boa história, nossa forma de governar? Nosso sistema de governo? Nosso regime de governo? Nossa forma de estado? Ou toda a população precisa se conscientizar e agir por um NOVO BRASIL?

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA VALORIZAR MERECIDAMENTE O MAIOR E MELHOR ATIVO DA SUA EMPRESA?

Amanhã, 11 de novembro de 2017 entra em vigor a nova legislação trabalhista, ou seja, amanhã começa a valer definitivamente a REFORMA TRABALHISTA, Lei  nº. 13.467 de 13 de julho de 2017, sancionada e promovida pelo então presidente em exercício Michel Temer.




São 110 artigos que mudam a antiga, empobrecida e emporcalhada CLT editada em 1º de maio de 1943, criada através do Decreto-Lei nº 5 452 pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil.


Muitos brasileiros acreditam que na era Vargas tivemos tempos de glória e, que a CLT era um marco e uma conquista oferecida por um governo ditador e que visa apenas os interesses de poucos. Muito diferente disso, a CLT foi sim uma conquista do POVO, ou seja, um povo que num passado não muito distante lutou contra as injustiças e conquistou alguns direitos perto do que podemos dizer que não tínhamos nada. E atualmente, o que o POVO lutou? O que o POVO conquistou? Como os empresários se sentem frente a essa nova legislação? Como os empresários pretendem utilizar a nova legislação em seus negócios?


Sem sombra de dúvida o maior ativo que uma empresa pode ter é o FUNCIONÁRIO, pois conforme a contabilidade podemos considerar ativo todo o investimento de capital financeiro e, esse nos retorna caixa positivo, dessa forma e, no mundo capitalista que hoje vivemos e, podemos dizer que os funcionários são os preciosos ativos da empresa, pois, é a chave central do sucesso de todo e qualquer negócio em qualquer empresa. Portanto, a pergunta que fica é: Você está preparado para valorizar merecidamente o maior e melhor ativo da sua empresa?




segunda-feira, 11 de setembro de 2017

PERSONALIZAR SIM, PIORAR JAMAIS!


Alguns empresários quando recorrem à ajuda de consultores para dar um upgrade nos negócios da empresa, num dado momento, imaginam que os consultores vão tirar o coelho da cartola e todos os problemas da empresa se solucionaram como um passe de mágica. Contudo, muitos empresários ainda não entenderam que, apenas o “P” de padrão de um atendimento, ou o padrão de um serviço é tão importante quanto à necessidade de um novo “P” ou seja, a personalização.  

Entretanto, quando temos uma empresa olhando apenas para uma direção e, sem a devida observação das tendências de mercado, perdemos a chance de oportunamente segmentar o mercado que estamos inseridos e, é claro que estamos falando em divisão de um mercado em pequenos grupos. Por que não?


Desde o final do ano de 2008 muitas empresas obrigatoriamente precisaram realizar incondicionalmente a inserção desse novo “P” (personalização) em seus negócios. Alguns exemplos são: empresas de telefonia, empresas de planos de saúde, sistema bancário, etc.

Recentemente temos alguns serviços e, novos produtos que estão revolucionando o mercado e, despertando um olhar mais critico e atencioso dos empresários para as novas tendências de mercado, alguns exemplos são: NETFLIX, UBER, AMAZON, etc.

Hoje em dia é muito interessante termos o “P” de padrão no atendimento! o “P” de padrão de serviços! o “P” de padrão de produtos e o “P” de padrão de preços, porém, vivemos uma tendência em todos os mercados, ou seja, a tendência do “P” da personalização e, todo cliente adora ser atendido com essa exclusividade, você não gosta? Pensar em criar diferentes pacotes de serviços e produtos pode ser uma excelente alternativa para quem pretende ampliar os negócios da sua empresa em alta escala. Ter vários pacotes de serviços e produtos, não significa reduzir a qualidade do atendimento, dos serviços e produtos e, sim mostrar para o mercado que é possível atender seu público alvo e, qualquer cliente desde que ele entenda o que ele está comprando, caso contrário é melhor nem se arriscar! Boa sorte nos seus negócios e abra o olho para as novas tendências antes que seja tarde demais. 

quinta-feira, 27 de julho de 2017

CUSTOS LOGÍSTICOS OU CUSTOS CONTÁBEIS?

Hoje em dia, cada vez mais observamos a necessidade de uma boa gestão nos custos das empresas, no entanto, muito se confunde quando profissionais da área da logística conversam com profissionais da área contábil/fiscal, pois, cada área tem sua terminologia sobre custos.

Segundo o ILOS, que é uma empresa referência em nosso país sobre logística e supply chain, atualmente os custos logísticos no Brasil equivalem a mais de 10% do PIB, com forte influência da atividade de transportes. Esses gastos representam cerca de 10% do faturamento das empresas brasileiras e são impactados pela eficiência na gestão das empresas e pelas ações governamentais que afetam a movimentação das cargas e as trocas comerciais.

FIGURA 1: COMPARATIVO ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS DA PORCENTAGEM DOS CUSTOS LOGÍSTICOS EM RELAÇÃO AO PIB[1]


 Os custos logísticos são os custos de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada (inbound), em processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Dessa forma podemos considerar custos logísticos como aqueles em que a empresa incorre ao longo do fluxo de materiais e bens, dos fornecedores à fabricação (Logística de Abastecimento), nos processos de produção (Logística de Planta) e na entrega ao cliente, incluindo o serviço de pós-venda (Logística de Distribuição), buscando a minimização dos custos envolvidos e garantindo a melhoria dos níveis de serviço aos clientes.

Abaixo um quadro de classificação dos custos logísticos com a importância da sua informação

QUADRO 1: CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS LOGÍSTICOS QUANTO À FINALIDADE DA INFORMAÇÃO[2]

Finalidade da Informação
Classificação dos Custos Logísticos
Quanto ao relacionamento com o objeto
Diretos e Indiretos
Quanto ao comportamento diante do volume de atividade
Variáveis e Fixos
Quanto ao relacionamento com o processo de gestão
Controláveis e Não Controláveis
Custos de Oportunidade
Custos Relevantes
Custos Irrecuperáveis
Custos Incrementais ou Diferenciais
Custos Ocultos (Hidden Costs)
Custo-Padrão
Custo-Meta
Custo Kaizen
Custo do Ciclo de Vida

 Custos logísticos são custos entendidos por profissionais da área de logística de forma sucinta e simplificada como sendo os custos assim subdivididos:

1.      Custos de armazenagem e movimentação: são custos envolvidos com a estocagem de materiais e/ou produtos prontos ou semi-acabados;
2.      Custos de transporte: são os custos envolvendo o transporte dos materiais e/ou produtos do armazém local (fornecedor) para o armazém destino (cliente);
3.      Custos de embalagens: são os custos envolvendo as embalagens ou dispositivos de movimentação (pallets, racks, tambores, etc.);
4.      Custos de manutenção de inventário: são custos com os controles dos estoques, ou seja, ativos tangíveis adquiridos ou produzidos;
5.      Custos de tecnologia da informação (TI): são custos associados aos elementos da informática, sejam eles softwares (sistemas em si) ou hardwares (computadores, coletores de dados, separados automáticos, transelevadores, etc.);
6.      Custos tributários: são custos ligados aos tributos incidentes nas operações mercantis das empresas.
7.      Outros Custos Logísticos: Custos decorrentes de lotes (setup), custos decorrentes de nível de serviços, custos associados aos processos logísticos e custos da administração logística.

O Custo Logístico Total (CLT) pode ser apurado da seguinte maneira, a partir da somatória dos elementos de Custos Logísticos individuais:

CLT   =   CAM   +   CTRA   +   CE   +   CMI   +   CTI   +   CTRI   +   CDL   +   CDNS   +   CAD

Sendo que:

CAM = Custos de Armazenagem e Movimentação de Materiais
CTRA = Custos de Transporte (incluindo todos os modais ou operações intermodais)
CE = Custos de embalagens (utilizadas no sistema logístico)
CMI = Custos de Manutenção de Inventários (matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados)
CTI = Custos de Tecnologia da Informação
CDL = Custos Decorrentes de Lotes
CTRI = Custos Tributários (tributos não recuperáveis)
CDNS = Custos Decorrentes do Nível de Serviço
CAD = Custos da Administração Logística

A abrangência de custos para a logística é bastante significativa e grande, todavia, os custos logísticos visa adequar às informações contábil-gerenciais às necessidades dos gestores na tomada de decisões logísticas.

Já os custos contábeis são considerados os custos, ou seja, os gastos incorridos indispensáveis à obtenção do bem ou serviço gerador da renda. Segundo Veiga (2016)[3] O custo é representado pelo valor ou somatório de valores que constituirão o valor gasto na obtenção da mercadoria, produto ou serviço a ser ofertado.

O ponto inicial da exposição sobre custos está na terminologia. Infelizmente, encontramos em todas as áreas, principalmente nas sociais (e econômicas em particular) uma profusão de nomes para um único conceito e também conceitos diferentes para uma única palavra.

GASTOS - Sacrifício que a entidade arca para obtenção de um bem ou serviço, representado por entrega ou promessa de entrega de ativos. O gasto se concretiza quando os serviços ou bens adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa.

Como se pode verificar, gastos são ocorrências de grande abrangência e generalização.
Exemplos:

- Gasto com mão de obra (salários e encargos sociais) = aquisição de serviços de mão de obra;
- Gasto com aquisição de mercadorias para revenda;
- Gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização;
- Gasto com energia elétrica = aquisição de serviços de fornecimento de energia;
- Gasto com aluguel de edifícios;

INVESTIMENTOS - Gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros.
Exemplos:

- Aquisição de móveis e utensílios;
- Aquisição de imóveis;
- Despesas pré-operacionais;
- Aquisição de marcas e patentes;
- Aquisição de matéria-prima;
- Aquisição de material de escritório.

CUSTO - Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços: são todos os gastos relativos à atividade de produção.
Exemplos:

- Salários do pessoal da produção (MOD);
- Matéria-prima utilizada no processo produtivo;
- Combustíveis e lubrificantes usados nas máquinas da fábrica;
- Alugueis e seguros do prédio da fábrica;
- Depreciação dos equipamentos da fábrica;
- Gastos com manutenção das máquinas da fábrica.

DESPESA - Gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas.
Exemplos:

- Salários e encargos sociais do pessoal de vendas;
- Salários e encargos sociais do pessoal administrativo;
- Energia elétrica consumida na sede administrativa;
- Gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas;
- Conta telefônica da administração e de vendas;
- Alugueis e seguros da sede administrativa.

DESEMBOLSO - Saídas de caixa para atender a aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do gasto.

PERDA - É um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. No 1º caso, são considerados da mesma natureza que as Despesas e são jogadas diretamente contra o resultado do período.
Exemplos:

- Incêndio;
- Obsoletismo de estoques;
- Período de greve;
- Enchente;
- Furto/roubo.

No 2º caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de matérias-primas na produção industrial, integram o custo de produção.
Exemplo:

Uma indústria de estamparia que aproveita apenas 80% da chapa de aço e considera 20% como perda técnica. Da mesma forma, o camiseiro que considera o preço do pano total comprado, como custo, não se importando com os retalhos. Em alguns casos admite-se considerar dias parados por motivo de greve como “ociosidade” e incluí-los nos gastos gerais de fabricação para rateio na formação do custo de todos os produtos.

DIFERENÇA ENTRE CUSTOS E DESPESAS

Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir Custos e Despesas. Pode-se, entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: todos os gastos realizados com o produto até que esteja pronto, são Custos; a partir daí, são Despesas. Assim, por exemplo, gastos com embalagens são Custos se realizados no âmbito do processo produtivo (o produto é vendido embalado); são Despesas, se realizados após a produção (o produto pode ser vendido com ou sem embalagem).

Todos os Custos que estão incorporados nos produtos acabados que são fabricados pela empresa industrial são reconhecidos como Despesas no momento em que os produtos são vendidos. A matéria-prima industrial que, no momento de sua compra, representava um Investimento, passa a ser considerada Custo no momento de sua utilização na produção e torna-se Despesa quando o produto fabricado é vendido. Entretanto, a matéria-prima incorporada aos produtos acabados em estoque, pelo fato destes serem ativados, volta a ser Investimento.

Os encargos financeiros incorridos pela empresa, mesmo aqueles decorrentes da aquisição de insumos para a produção, são sempre considerados Despesas.

CUSTO PRIMÁRIO - É a soma da matéria-prima mais a mão de obra direta.

CUSTO DE PRODUÇÃO - É o custo do que foi produzido no período.

CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO - Representa o esforço da empresa para transformar o material, adquirido do fornecedor, em produto acabado. É a soma da mão de obra direta mais os gastos gerais de fabricação (GGF) ou custos indiretos de fabricação (CIF).

CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS - Representa a soma dos custos dos produtos fabricados até o momento do encerramento do exercício, ou seja, é o custo da produção do período mais o custo da produção dos períodos anteriores ainda em estoque.

CUSTO PADRÃO - É um custo determinado da forma mais cientifica possível pela engenharia de produção da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da mão de obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos.

CUSTO PADRÃO CORRENTE - Situa-se entre o ideal e o estimado. Ao contrário deste último, para fixar o corrente, a empresa deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Por outro lado, ao contrário do Ideal, leva em consideração as deficiências que reconhecidamente existem, mas que podem ser sanadas pela empresa, pelo menos a curtos e médios prazos. Este tipo de custo-padrão pode ser considerado o mais adequado para fins de controle.

CUSTO PADRÃO ESTIMADO - É aquele determinado simplesmente através de uma projeção, para o futuro, de uma média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de se avaliar se ocorreram ineficiências na produção.

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - É o custo dos produtos entregues aos clientes no período, ou seja, o custo dos produtos acabados que saíram do depósito. Representa a parcela de custo confrontada com a receita visando a apuração do resultado.

FIGURA 2: PRA QUEM COMPRA CONCEITO CLARO, CUSTO É IGUAL A PREÇO! E PRA QUEM PRODUZ?[4]

Podemos observar a figura acima que ao anunciar o preço de um carro o propagandista discorre que o carro custa R$ 50.000,00 e não o preço do carro é R$ 50.000,00, portanto, pra quem compra de fato custo pode ser o mesmo que o preço, porém, para quem produz, custo é uma coisa e preço é outra.

FORMAÇÃO DE PREÇOS - tem por objetivo encontrar o valor suficiente para cobrir todos os custos e despesas envolvidos, e poder direcionar o lucro desejado[5].

Contabilmente é necessário distinguir o que é custo do que é despesa, pois os custos para a contabilidade incorporam o produto, mercadoria ou serviço, enquanto que as despesas estão ligadas as ações de ofertar o produto, mercadoria ou serviço. Podemos entender melhor essa ligação através da análise da figura a seguir.

FIGURA 3: CUSTO x DEPESA[6]


Identificamos então que num primeiro momento temos os gastos que são direcionados como investimentos (no caso de matérias-primas adquiriras) e, na medida em que essas são consumidas e incorporadas aos produtos ou serviços, atribuímos o nome de custos, bem como, esses elementos são observados na demonstração contábil chamado de Balanço Patrimonial, já os gastos associados em ofertar esses produtos ou serviços aos seus possíveis e potenciais clientes, chamamos de despesas.

FIGURA 4: EFEITO DOS CUSTOS E DESPESAS NO RESULTADO[7]


As demonstrações contábeis conhecidas como Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício são excelentes demonstrações para observarmos os custos e despesas associados às operações mercantis e atividades operacionais das empresas, portanto, essas demonstrações são de suma importância e pertinência na análise dos custos para tomada de decisão.

FIGURA 5: CUSTO INTEGRAL OU PLENO[8]


 Na figura acima identificamos a formação dos custos:

a)      Custo primário;
b)      Custos de transformação;
c)      Custo contábil; e
d)      Custo integral

Dessa forma concluímos que o custo integral é composto de todos os gastos para produzir ou adquirir um determinado bem e somado aos gastos associados para ofertar esse bem ao seu cliente final.
  
Exemplo:

Alguns dados contábeis e financeiros das Fábricas de Sandálias Aladas Ltda. Estão exibidos a seguir. Com base nos números apresentados estime para o volume total produzido no período:
  
Conta
 $
Materiais requisitados: diretos
   8.200,00
Depreciação do parque industrial
   1.700,00
Aluguel da fábrica
   5.200,00
Aluguel de escritórios administrativos
   7.400,00
Materiais requisitados: indiretos
      950,00
Depreciação de computadores da diretoria
      720,00
Mão-de-obra direta
   9.400,00
Seguro da área industrial
   2.600,00

a.       O custo primário;

Resposta: Custo Primário = MD + MOD = R$ 8.200,00 + R$ 9.400,00 = R$ 17.600,00

b.      O custo de transformação;

Resposta: Custo de Transformação = MOD + CIF = R$ 9.400,00 + R$ 10.450,00 = R$ 19.850,00

c.       O custo fabril;

Resposta: O Custo Fabril é o mesmo que dizer Custo Total que é = MD + Custo de Transformação = R$ 8.200,00 + R$ 19.850,00 = R$ 28.050,00

d.      O gasto total ou custo integral.

Resposta: O Gasto Total ou Custo Integral é o mesmo que a soma de todos os Custos e todas as Despesas = Custos + Despesas = Custo Total + Despesas = R$ 28.050,00 + R$ 8.120,00 = R$ 36.170,00.

Descrição do subgrupo e conta
Valor ($)
Subtotal ($)
MD


Materiais requisitados: diretos
 R$   8.200,00
 R$     8.200,00
MOD


Mão de obra direta
 R$   9.400,00
 R$     9.400,00
CIF


Depreciação do parque industrial
 R$   1.700,00

Aluguel da fábrica
 R$   5.200,00

Materiais requisitados: indiretos
 R$      950,00

Seguro da área industrial
 R$   2.600,00
 R$   10.450,00
Despesas


Aluguel de escritórios administrativos
 R$   7.400,00

Depreciação de computadores da diretoria
 R$      720,00
 R$     8.120,00

Portanto sejam custos logísticos ou custos contábeis, percebemos nesse artigo que é de fundamental importância para uma boa gestão nas empresas, um cuidado e uma atenção toda especial aos custos, preços e finanças.



[1] Disponível em Acesso em 18 Jun. 2017.
[2] FARIA, Ana Cristina de. Gestão de custos logísticos / Ana Cristina de Faria, Maria de Fatima Gameiro da Costa. – 1. ed. – 6. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2010.
[3] VEIGA, Windsor Espencer. Contabilidade de custos: gestão em serviços, comércio e indústria / Windsor Espencer Veiga, Fernando de Almeida Santos. – 1. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
[4] BRUNI, Adriano Leal. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP 12C e Excel / Adriano Leal Bruni, Rubens Famá. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2008. – (Série Finanças na Prática)
[5] VEIGA, Windsor Espencer. Contabilidade de custos: gestão em serviços, comércio e indústria / Windsor Espencer Veiga, Fernando de Almeida Santos. – 1. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
[6] BRUNI, Adriano Leal. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP 12C e Excel / Adriano Leal Bruni, Rubens Famá. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2008. – (Série Finanças na Prática)
[7] BRUNI, Adriano Leal. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP 12C e Excel / Adriano Leal Bruni, Rubens Famá. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2008. – (Série Finanças na Prática)
[8] BRUNI, Adriano Leal. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP 12C e Excel / Adriano Leal Bruni, Rubens Famá. – 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2008. – (Série Finanças na Prática)