sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Administrando o Orçamento

Administrando o Orçamento em 2009


Está começando o ano e com ele também as contas a pagar. Esta é a época em que o consumidor está mais endividado, e não é para menos. Dentre as dívidas tradicionais deste período estão: vencimento de parcelas de compras realizadas no final de ano, IPVA, IPTU e matrículas escolares.


Com a expectativa de uma redução do ritmo de crescimento da economia no próximo ano, em decorrência da crise financeira internacional, mais do que nunca a administração do orçamento familiar torna-se essencial, uma vez que com um orçamento bem planejado o consumidor pode planejar e organizar melhor o futuro da família e manter o orçamento equilibrado.


Pensando nisso, venho ilustrar uma orientação aos consumidores para a realização de um planejamento financeiro eficaz. Não basta apenas equilibrar receitas e despesas. É preciso adotar a prática do consumo consciente.


PLANEJAMENTO FINANCEIRO - DICAS

1. EQUILÍBRIO ENTRE RECEITA E DESPESA
O ideal é que o consumidor não gaste além do que ganha, evitando, assim, apertos financeiros e possibilitando o planejamento dos gastos futuros.


2. COMPRA CONSCIENTE
A decisão pela realização de compras e, conseqüentemente, do uso do crédito, deve ser feita com consciência. A compra por impulso pode fazer com que se gaste dinheiro à toa e que o produto não tenha nenhuma utilidade na prática.


3. ESCOLHA DA FORMA DE PAGAMENTO
A dica é que o consumidor opte pelo pagamento à vista de suas compras, uma vez que se pode obter bons descontos. Se não for possível, a pesquisa de taxas e prazos em outros estabelecimentos deve ser fundamental para a tomada de decisão.


4. PESQUISA DE PREÇOS E PRODUTOS
Às vezes a diferença de preços de um estabelecimento para outro pode ser enorme. A pesquisa em outros estabelecimentos pode resultar em uma grande economia para o consumidor. Além disso, é fundamental levar em consideração a relação qualidade X preço.


5. PRIORIDADES PARA OS PAGAMENTOS
O correto é que o consumidor pague as suas contas até o vencimento para evitar multas, mas, quando não é possível, deve-se estabelecer uma lista de prioridades, analisando quais pagamentos são inadiáveis, quais podem ser parcelados e/ou negociados e o que é possível deixar para depois.


6. ANÁLISE DOS JUROS COBRADOS
Definidas as prioridades, o consumidor deve verificar os juros cobrados em determinada conta após o vencimento. A taxa de juros pode ser mais baixa em determinada conta do que em outra. Assim, o ideal é dar prioridade ao pagamento das contas em que os juros cobrados são mais elevados.


7. RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS
A contratação de um crédito/financiamento com taxa de juros menor pode ser a alternativa, por exemplo, para pagar a fatura de cartão de crédito. A pesquisa da taxa de juros de outras linhas de crédito ou até mesmo uma renegociação de uma dívida antiga pode ser a saída para aliviar, de certa forma, o bolso do consumidor.


8. PLANEJAMENTO
O ideal é que o consumidor consiga planejar os gastos e guardar pelo menos 30% da sua renda mensal para eventuais imprevistos e investimentos. A importância da elaboração de um planejamento financeiro se dá no momento em que se é possível analisar como a renda está sendo gasta, permitindo o uso mais racional do dinheiro e o planejamento de forma realista de gastos futuros, evitando, assim, que se gaste além do que se ganha.


PASSO-A-PASSO: PLANEJAMENTO FINANCEIRO


1. Reúna os comprovantes de pagamentos das contas dos últimos meses;
2. Elenque todos os ganhos (salários e demais rendas);
3. Relacione os gastos do último mês, dividindo-os em fixos, variáveis e eventuais;
4. Compare o valor total dos ganhos com as despesas;
5. Por fim, realize um balanceamento das receitas e despesas mensais. O ideal é que o saldo, ou seja, a diferença entre receitas e despesas seja positiva. Assim, o consumidor pode fazer uma reserva financeira para um determinado objetivo e ainda identificar os gastos que podem ser eliminados ou reduzidos;
6. Se o saldo for zero, o ideal é realizar uma negociação de dívidas com credores, evitando que se torne um inadimplente e equilibrando o orçamento doméstico.


Enfim, as dificuldades financeiras podem resultar, na maioria das vezes, da má administração do dinheiro ou ainda de práticas que prejudiquem o seu uso. Assim, a adoção da prática financeira de elaboração de um planejamento financeiro pode ser fundamental, até mesmo para que o consumidor possa se organizar para as despesas extras, tais como as de início de ano, evitando, assim, uma possível inadimplência.


Willian Ferreira dos Santos

willian_limeira@vivax.com.br

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