terça-feira, 25 de novembro de 2008

Chamem os cubanos de volta e peçam desculpas





A Organização Mundial de Saúde informa que no Brasil há 455 cidades sem médicos.


Até aí não haveria nenhuma novidade, já que depois que a Justiça expulsou os médicos cubanos que cuidavam da saúde dos brasileiros, sabia-se que muitos municípios iriam ficar sem médicos.


Mas 455 cidades? Convenhamos, é vergonhoso.


E ainda expulsam os médicos cubanos que trabalhavam em rincões distantes do Norte e Nordeste do país?


O que me chamou a atenção ao buscar o nome dessas cidades foi verificar o tanto delas que se encontram nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.


Mais ainda, ao constatar que entre as cidades que não possuem médicos, encontra-se Alumínio, com mais de 15 mil habitantes, distante 70 quilômetros da capital paulista.


A cidade de Alumínio tem esse nome porque ali funciona a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) do grupo Votorantim.


Corre a informação, na região, de que a cidade é pródiga em gerar bebês com anencefalia (sem cérebro).


Dito isso pergunto: se numa cidade a 70 quilômetros da capital paulista e menos de 30 de Sorocaba, não há médicos, o que dizer do resto do país?


Sinceramente, faltar médicos no Norte e Nordeste, ainda se entende já que ali a população continua entregue à sanha dos senhores feudais.


Mas São Paulo e Minas Gerais?


Com os bilhões que arrecadam?


Cadê o dinheiro?


Gato nenhum consegue comer tanto.


Enquanto não se soluciona esse problema, só resta à Justiça chamar os médicos cubanos de volta e pedir desculpas.


Ou alguém acha que não?





Georges Bourdoukan
Jornalista e Escritor

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