A Organização Mundial de Saúde informa que no Brasil há 455 cidades sem médicos.
Até aí não haveria nenhuma novidade, já que depois que a Justiça expulsou os médicos cubanos que cuidavam da saúde dos brasileiros, sabia-se que muitos municípios iriam ficar sem médicos.
Mas 455 cidades? Convenhamos, é vergonhoso.
E ainda expulsam os médicos cubanos que trabalhavam em rincões distantes do Norte e Nordeste do país?
O que me chamou a atenção ao buscar o nome dessas cidades foi verificar o tanto delas que se encontram nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.
Mais ainda, ao constatar que entre as cidades que não possuem médicos, encontra-se Alumínio, com mais de 15 mil habitantes, distante 70 quilômetros da capital paulista.
A cidade de Alumínio tem esse nome porque ali funciona a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) do grupo Votorantim.
Corre a informação, na região, de que a cidade é pródiga em gerar bebês com anencefalia (sem cérebro).
Dito isso pergunto: se numa cidade a 70 quilômetros da capital paulista e menos de 30 de Sorocaba, não há médicos, o que dizer do resto do país?
Sinceramente, faltar médicos no Norte e Nordeste, ainda se entende já que ali a população continua entregue à sanha dos senhores feudais.
Mas São Paulo e Minas Gerais?
Com os bilhões que arrecadam?
Cadê o dinheiro?
Gato nenhum consegue comer tanto.
Enquanto não se soluciona esse problema, só resta à Justiça chamar os médicos cubanos de volta e pedir desculpas.
Ou alguém acha que não?
Georges Bourdoukan
Jornalista e Escritor
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