domingo, 5 de outubro de 2008

Crise Americana em Mineirês



Com base num pouco de humor vamos explicar a tão comentada Crise Americana.

É mais ou menos assim:


O sô Brechó da Venda tem um butequim, na Vila São Luiz, e decide que vai vender cachaça ‘na caderneta’ aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um porquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços/cachaceiros pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Brechó, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do sô Brechó ).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubo da Vila São Luiz não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do sô Brechó vai à falência…

E toda a cadeia financeira sifu...


Willian Ferreira dos Santos
willian_limeira@vivax.com.br

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