terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Inflação ou Deflação?


A inflação é a variação dos preços de todos os produtos ofertados no mercado. Podemos dizer que se você tem R$ 100,00 e guarda essa nota por 1 ano e, durante esse um ano temos uma inflação de 30% então, depois de um ano a nota de R$ 100,00 tem poder de consumo de apenas R$ 70,00 outro exemplo, vamos imaginar que o salário de um determinado trabalhador tenha aumentado 15% e, a inflação também subiu 15% ou seja, o poder de compra das pessoas não mudou.

A inflação é importante para medir e controlar a economia do nosso país, porém, deve se considerar um pacote de produtos que são consumidos para o certeiro cálculo da inflação. Por exemplo, se em um determinado período observarmos que o preço do quilo do tomate aumentou ou diminuiu, estamos então observação a inflação do preço deste produto.

O aumento de preços é verificado em grande parte dos bens e não só em alguns, ou um único produto. Há uma acentuada diminuição do poder de compra devido a vários fatores, como por exemplo, o rendimento salarial que não sofre alteração, além de correção da tabela do imposto de renda. Esses fatores estão intrinsecamente ligados ao poder de consumo, bem como, influenciam na economia e na inflação.

No Brasil são utilizados inúmeros índices de preços, sendo originados de amostragem e critérios desiguais e elaborados por diferentes instituições de pesquisa. A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), CUB (Custo Unitário Básico).

O termo inflação na economia surgiu em 1838, e significa o aumento dos preços que acontece de forma persistente e que resulta na diminuição do poder de aquisição de uma moeda.

Então se a inflação diminuir de um período para ou outro podemos dizer que tivemos redução da inflação? Quase isso! É um tanto quanto complexo esse assunto, entretanto, podemos dizer sim, que o contrário da inflação é a deflação. Deflação é o processo contrário à inflação. Há uma redução do nível de preços dos bens e serviços e o valor do dinheiro é aumentado. É um processo normalmente verificado em períodos de recessão econômica.

E como calcular a inflação? Existe uma fórmula determinada? Para calcularmos a inflação vamos utilizar o exemplo a seguir com apenas um produto, conforme, acima citado, o tomate.


Cálculo da taxa de inflação
Cálculo da taxa acumulada de inflação





Vamos considerar que no ano de 2013, o preço do quilo do tomate era de R$ 10,00. Em 2014, o preço passou para R$ 12,50. Qual a taxa de inflação do tomate do período?

















Nem sempre a deflação interfere num todo, pois, alguns produtos sofrem com a inflação de custos que está associado à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente.

Existem quatro tipos de inflação.

·  Inflação de demanda: caracterizada pelo excesso de demanda em um determinado setor;
·  Inflação de custos: também conhecida como inflação de oferta, que acontece por causa da oferta, por exemplo, quando há uma subida dos custos de produção;
· Inflação inercial: também é conhecida como inflação psicológica, porque não é causada necessariamente por uma alteração na demanda ou oferta. Muitas vezes acontece porque as pessoas acreditam que a subida dos preços vai continuar;
·   Inflação estrutural: parecida com a inflação de custos, mas a subida de preço acontece por uma falta de eficiência das infraestruturas envolvidas no processo de produção.




ASSAF NETO, ALEXANDRE. Matemática Financeira e suas Aplicações. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
PARENTE, EDUARDO AFONSO DE MEDEIROS, Matemática Comercial e Financeira. Ed reform. São Paulo: FTD, 1996.
HAZZAN, SAMUEL. Matemática Financeira. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.


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