quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Contribuinte que vendeu férias vai cair na malha fina para ter devolução


29 DE JANEIRO DE 2009 às 06:33


A Receita Federal sugere que o contribuinte que vendeu 10 dias de férias e quer de volta o Imposto de Renda recolhido indevidamente pelo Leão, entre novembro e dezembro de 2006 e durante 2007, deve optar por cair na malha fina mesmo. Ela se nega a editar nova instrução para simplificar a devolução do dinheiro. E orienta que a melhor saída para o trabalhador nessa situação é ser chamado a explicar o seu caso pessoalmente na Delegacia da Receita, diante do plantão fiscal.

Clara Grynberg, superintendente em exercício da Receita em Minas, tenta minimizar os efeitos de cair na malha, pavor da maioria dos contribuintes em qualquer país. Segundo ela, o processamento é rápido em Minas e pode ser acompanhado on-line.

“Levando a documentação, como os contracheques comprovando a venda de férias, o contribuinte resolve a pendência na hora e, no próximo processamento de lote já recebe a restituição do valor depositado na conta bancária”, garante. Ela observa ainda que não é necessário aguardar ser notificado pela Receita. “Assim que o seu nome aparecer na internet, basta procurar a Delegacia da Fazenda no novo endereço (Rua Levindo Lopes, 357, Savassi) e esclarecer o caso. Não é preciso esperar”, completa.

Perguntas e respostas sobre a restituição

A armadilha pegaria todos os trabalhadores brasileiros que venderam férias entre 17 de novembro de 2006 e em 2007, período em que o imposto continuou arrecadado pelas empresas, diante da indefinição da Receita sobre como proceder nesses casos. Outro caminho seria pressionar as empresas a retificar a própria declaração de rendimentos (a Dirf) nos anos anteriores e oferecer a cada funcionário que vendeu férias um novo informe de rendimentos referente a 2006 e 2007. “Se houver divergência nos dados, o cruzamento é automático e o contribuinte será chamado a prestar esclarecimentos”, afirma a superintendente.

Quem se arriscar a seguir a sugestão da Receita deve fazer uma declaração retificadora do ano-base em que pede a restituição do que pagou de imposto indevidamente nas férias vendidas. Segundo a superintendência em Minas, o fato de o contribuinte estar em malha fina em 2006 e 2007 não atrasaria o processamento da declaração deste ano, pois os exercícios são diferentes. Em relação a 2008, a Receita vai devolver os valores já recolhidos na declaração do IR 2009/2008, aumentando a restituição a receber ou diminuindo o imposto a pagar.

A orientação da Receita já está gerando insatisfações de todas as partes. “É um contrassenso enorme. O contribuinte ir para a malha fina é o mesmo que ficar esperando ser punido para depois se defender. A Receita deveria fazer um pronunciamento informando a maneira que devem ser as declarações e não ensinar a fazer errado para depois consertar. Estou estarrecido”, afirma João Batista de Almeida, diretor do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Minas Gerais (Sescon-MG).

Para Lázaro Rosa da Silva, especialista em legislação tributária do Centro de Orientação Fiscal (Cenofisco), a Receita deve ter perdido a noção do número “astronômico” de trabalhadores que vão cair na malha fina seguindo essa última recomendação. “Tenho certeza de que será pior atender todo mundo do que criar um mecanismo mais eficiente de devolução do dinheiro”, compara. Ele alerta ainda que o trabalhador que estiver impossibilitado de responder ao chamado do plantão fiscal de malha será prejudicado. “Nesse período, ele ficará receoso de viajar ou pode estar doente no hospital e não conseguir comparecer no dia marcado”, afirma Lázaro Silva. “Além disso, a Receita pode descobrir um erro na declaração e complicar ainda mais a vida do contribuinte.”

Janir Adir Moreira, vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Tributário (Abradt) calcula que cerca de 90% dos trabalhadores brasileiros com carteira assinada que ganham acima da tabela do IR vendem um terço de férias. “No Brasil, a prática normal é vender férias”, afirma. A realidade é ainda mais presente nos tempos atuais, com o incremento do uso de ferramentas dentro das empresas como bancos de horas e férias coletivas.



Fonte: http://www.uai.com.br - Sandra Kiefer do Estado de Minas
ECONOMIA | Imposto de Renda

Mais baratos, netbooks ganham mercado com a crise




Laptops menores e de baixo custo são a grande aposta da indústria de computadores.


Renato Cruz - Quinta-Feira, 29 de janeiro de 2009.



A indústria de computadores se prepara para uma queda nas vendas este ano, aqui e em todo o mundo. Entretanto, os netbooks, micros portáteis menores e de baixo custo, devem vender mais. E por dois motivos. Primeiro, por serem um tipo de produto razoavelmente novo, com vendas relativamente modestas no ano passado. Depois, pelo preço reduzido e pela portabilidade, que atraem quem já tem outro computador.

A Positivo Informática foi pioneira no País, com o lançamento da linha Mobo em maio de 2008. Ontem, a taiwanesa Asus, a primeira no mundo a apostar comercialmente nos netbooks, anunciou a fabricação local de dois modelos do seu Eee PC. A montagem dos micros foi terceirizada para a Visum, de Curitiba. A Dell planeja lançar um modelo no País nas próximas semanas e a HP, dois modelos, provavelmente em abril. A Itautec espera entrar nesse mercado até o fim do trimestre e outras fabricantes também preparam lançamentos no Brasil.

"Muitas famílias das classes B, C e D já têm desktops (computadores de mesa)", afirmou John Chen, gerente-geral da Asus no Brasil. "Acreditamos fortemente que o Eee PC pode ser o primeiro laptop para eles." Segundo o executivo, que chegou há 10 meses ao País para iniciar a operação local da Asus, a crise pode ajudar o crescimento dos netbooks, num momento em que pessoas e empresas buscam máquinas mais baratas.

Nem tudo o que é possível fazer num PC pode ser feito num netbook. Jogos mais recentes, por exemplo, que exigem muita memória e processamento, não rodam no netbook. Mas o laptop barato funciona bem em atividades mais comuns, como textos, planilhas de cálculo, apresentações, navegação na internet e correio eletrônico. Os netbooks não têm drive de CD e DVD, mas permitem a conexão de leitores externos, além de pen drives e outros dispositivos de memória.

No ano passado, foram vendidos somente 150 mil netbooks no Brasil, segundo a consultoria IT Data. "Esse número representou 3,5% dos computadores portáteis vendidos", disse Ivair Rodrigues, diretor de Estudos de Mercado da consultoria. Para este ano, a previsão é que cheguem a 7% do total dos notebooks. E a projeção para as vendas de portáteis é de crescimento em 2009, apesar de ser esperada uma queda nas vendas totais de PCs, que incluem máquinas de mesa e laptops.

Cerca de 60% dos netbooks comprados no Brasil em 2008 chegaram ao País via contrabando, de acordo com a IT Data. As opções legais eram a Positivo e a Asus, ainda via distribuidor. Com os lançamentos de netbooks previstos para os próximos meses, esse quadro deve mudar.

"O consumidor hoje busca mais comodidade do que capacidade de processamento ou memória", apontou Ribeiro. "No desktop, o consumidor está olhando primeiro o tamanho do monitor e se tem recepção de TV. O netbook é atrativo por ser mais leve e fácil de carregar - ele pode ser levada numa bolsa sem chamar a atenção do ladrão."

O netbook foi uma evolução da idéia do professor Nicholas Negroponte, um dos criadores do Media Lab, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), de desenvolver laptops de US$ 100 para crianças. Negroponte fundou a organização sem fins lucrativos One Laptop per Child, para fornecer essas máquinas para governos, enquanto empresas como a Asus levaram o conceito para o mercado de consumo.

Recentemente, a revista The Economist publicou uma matéria sobre os netbooks e citou a Lei de Moore. Gordon Moore, cofundador da Intel, previu em 1965 que o número de componentes em um chip dobra em 18 ou 24 meses. Até agora, a indústria aproveitou a tendência para oferecer, a cada período, um computador duas vezes mais potente, pelo mesmo preço. Os netbooks são uma indicação de que os consumidores preferem um computador igual, mas pela metade do preço.

RAIO X

Netbook: Trata-se de um computador portátil menor e mais barato. Ele tem menos memória e capacidade de processamento do que os laptops convencionais, mas funciona bem nas tarefas mais comuns, como textos, navegação na internet e correio eletrônico. Apesar de não ter leitor de CD e DVD, aceita a conexão de dispositivos externos de memória

Vendas: No Brasil, foram vendidos no ano passado somente 150 mil unidades, segundo a IT Data, o que representou 3,5% do total de portáteis



Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/
ESTADÃO DE HOJE | Economia & Negócios

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Oportunidades para o reconhecimento da área contábil




ADMINISTRADORES.COM.BR | O Portal da Administração.


28 DE JANEIRO DE 2009 às 00:07




Em dezembro de 2007, foi aprovada a Lei 11.638/07, que estabelece um novo tratamento quanto à determinação do valor das companhias, introduzindo nas práticas contábeis brasileiras alguns conceitos já utilizados nas normas internacionais. O principal aspecto a ser destacado nessa nova ordem jurídica é a determinação do uso e interpretação dos conceitos contábeis em detrimento ao atendimento de regras, que foi uma constante na contabilidade brasileira. Estudar, entender, interpretar os novos conceitos e, principalmente, encontrar soluções para aplicá-los é o grande desafio dos profissionais de contabilidade.

O CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) emitiu 14 pronunciamentos até dezembro de 2008, além de elaborar estrutura conceitual básica de esclarecimentos sobre vários assuntos relevantes na área. Porém, parte dos profissionais de contabilidade acostumados ao modelo anterior – em que muitas regras provenientes da Autoridade Fiscal no Brasil determinavam o que de fato devia ser atendido – aguardava ansiosa a manifestação da Receita Federal. Em dezembro de 2008, por intermédio da MP (medida provisória) 449/08, foi estabelecido o Regime Tributário de Transição, que atendeu às expectativas existentes, à medida que, na sua essência, o que ficou determinado é que os ajustes decorrentes da adaptação das práticas brasileiras antes da Lei 11.638/07 para a nova não devem produzir efeitos tributários.

Já está evidente que o nível de crescimento da economia ocorrido nos últimos anos deve sofrer desaceleração em seu ritmo em 2009, considerando a restrição de crédito decorrente da crise financeira mundial. Essa crise é resultante de estratégias comerciais adotadas num ambiente pouco regulado, que pode produzir como consequência a redução contínua do valor dos ativos financeiros ao longo do tempo, como reflexo das contínuas mudanças nos valores dos ativos e nas condições de mercado. Com as novas normas, os relatórios contábeis devem informar essas mudanças, o que representa para os profissionais de contabilidade mais um desafio na aplicação dos conceitos de avaliação de empresas, que consideram o subjetivismo responsável na determinação e no uso de premissas.

Nesse cenário de convergência das normas contábeis brasileiras na direção dos padrões internacionais, alinhado às mudanças na economia mundial, temos formado um ambiente em que o reconhecimento da relevância da contabilidade, dos controles internos e da auditoria deve dominar o mundo dos negócios. Desta forma, esse é o momento oportuno para a demonstração dos valores da profissão contábil no Brasil, pois quaisquer negócios envolvendo a união de companhias ou aquisições de empresas necessitam de avaliações e de estimativas contábeis.

Diante desse cenário, entendemos que não foi pelo simples acaso que o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, esteve presente ao Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade de Gramado (RS), em agosto de 2008. As exigências que se apresentam requerem uma aceleração no processo de construção e aquisição de conhecimentos específicos pelos profissionais da área contábil no Brasil e representam a melhor oportunidade para o crescimento e o reconhecimento da profissão.




Fonte: http://www.administradores.com.br - Paulo Ricardo Pinto Alaniz - Contador, Sócio-Diretor de Auditoria do Escritório de Porto Alegre-RS da BDO Trevisan, Mestre em Controladoria e Diretor de Assuntos Técnicos da 6ª. Regional do IBRACON - Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes.

É preciso ter atenção com a contabilidade por causa das novidades contábeis




ADMINISTRADORES.COM.BR | O Portal da Administração.


Por Pollyana Melo - http://www.administradores.com.br - 28 de janeiro de 2009 às 00:05


Com a incorporação de diversas mudanças às normas que orientam a elaboração dos balanços das empresas já nos resultados consolidados do ano passado, é necessário que as pessoas que fazem análise das demonstrações financeiras prestem mais atenção para não cometerem erros agora em 2009.

"Sem dúvida nenhuma, é um grande desafio para os profissionais que fazem análises de balanços, em especial para a categoria dos contadores, auditores e consultores", afirma Ricardo Maciel, sócio-diretor da área de Auditoria da BDO Trevisan.

Maciel destacou que está em andamento um longo processo de mudanças das normas contábeis que foi iniciado com a promulgação da Lei 11.638/07, que ainda envolverá muitas outras alterações.

A referida legislação alterou a antiga Lei das Sociedades por Ações (nº 6.404/76). As normas do novo sistema de registro contábil das empresas em implantação têm como base os IFRS - International Financial Reporting Standards (ou normas internacionais de contabilidade).

A partir da Lei 11.638/07, foi criado o CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis, responsável por centralizar a normatização das mudanças estabelecidas pela legislação. Até o momento, o órgão já publicou 14 pronunciamentos técnicos para regular as alterações contábeis. Um 15º pronunciamento já foi redigido, mas ainda não foi colocado em prática.

Para Maciel, em razão das mudanças, haverá alterações no detalhamento das finanças das companhias abertas e instituições financeiras em seus balanços. Assim, é preciso treinar as pessoas, mesmo aquelas que não são especialistas em contabilidade, como a imprensa, a verem os demonstrativos contábeis de forma diferente.

O sócio da BDO Trevisan recomenda que as análises sejam promovidas com especial atenção aos seguintes itens de apuração contábil alterados a partir da nova legislação: ativos intangíveis; taxa de câmbio e conversão; impairment; valor presente; e arrendamento mercantil.

Eduardo Pocetti, CEO da BDO Trevisan que também participou do encontro, sugere que as pessoas que forem analisar os novos balanços leiam os pareceres dos auditores independentes para melhor compreender as novas demonstrações. "É uma forma de saber se o balanço reflete as mudanças estabelecidas pela legislação e pelas normas", disse o executivo.

Tributos

Também durante o encontro com jornalistas, Lúcio Abrahão, sócio-diretor da área de Tributos da BDO Trevisan, tratou das mudanças tributárias do país adotadas ao longo de 2008 e que estão envolvidas diretamente com a forma como as empresas realizam suas demonstrações financeiras a partir de agora.

Ele falou sobre a MP (medida provisória) 449/08 - que regulou alguns pontos da Lei 11.638/07 e promoveu uma série de mudanças na área dos tributos - e o RTT (Regime Tributário de Transição) - adotado para que haja adequação entre a dinâmica do sistema tributário e as alterações do processo contábil.

A BDO Trevisan lançou durante o evento desta terça-feira, 27 de janeiro, seu "Guia para as Demonstrações Contábeis 2008-2009", que trata justamente das novas normas contábeis e tributárias adotadas no país desde a promulgação da Lei 11.638, em 27 de dezembro de 2007.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O preço do sucesso profissional




Alcançar o topo da carreira exige muito estudo, investimentos e planejamento cuidadoso.



Fernanda Pressinott - 25/1/2009 - 21h52.




Cerca de 600 mil profissionais são formados todos os anos pelas faculdades e universidades brasileiras. Desse total, no entanto, apenas 47% conseguem trabalhar na área em que escolheram, de acordo com dados do Ministério da Educação. Para fugir dessa estatística negativa, o estudante que quer fazer sucesso no mercado de trabalho precisa ter talento, boa rede de contatos e sorte, mas também tem que investir pesado nos estudos.

O interessante é que você pode projetar quanto vai ganhar em um prazo de dez, 20 ou 30 anos e quanto gastar para chegar lá. A primeira parte do processo é relativamente simples:

basta pesquisar o salário médio dos profissionais da área em que atua ou quer atuar e esquecer as discrepâncias (os valores mais altos e os mais baixos). No começo da carreira é difícil dizer se você tem realmente talento para aquilo que escolheu e, portanto, impossível saber se vai conseguir se destacar para passar do salário médio.

Valores presentes

Além disso, quando se fala em carreira o tempo de projeção é muito longo, cerca de 40, 45 anos, o que torna o cálculo de ganhos muito difícil. "As condições macroeconômicas mudam, as carreiras em ascensão também, assim como o rendimento para cada uma delas. Então, o que se pode fazer é trabalhar com valores presentes, para ter noção do tipo de vida que terá no futuro", afirma o professor especialista em Sociologia do Trabalho Luiz Guilherme Brom, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). De qualquer forma, uma coisa é certa, diz ele: "quanto mais tempo de estudo, maior será seu salário".

Salários maiores

Se for um executivo de uma grande empresa, por exemplo, os ganhos podem chegar a R$ 12 mil mensais, ou R$ 144 mil no ano sem tanta dificuldade, para aqueles que têm 40 anos de carreira, destaca o diretor-geral da empresa de consultoria em RH e recolocação profissional BPI, Gilberto Guimarães.

De acordo com seus cálculos, na primeira década de trabalho uma pessoa com bom nível socioeconômico ganha, em média, R$ 1 mil mensais; na segunda década, o rendimento passa a R$ 3 mil por mês e na terceira, atinge R$ 10 mil. "Em 40 anos de profissão, um executivo acumula entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões. E isso é a prova de que o estudo vale a pena", afirma.

Na ponta do lápis

Quanto você irá gastar para chegar ao sucesso no trabalho é relativo – depende da profissão escolhida e da situação socioeconômica de sua família. Mas é possível fazer algumas estimativas. Por exemplo, para ser um executivo de grande empresa, no cargo de gerência ou diretoria, um profissional entre 40 e 50 anos gasta, em média, R$ 181,13 mil ao longo da vida. O cálculo é da Apoema Inteligência em Pessoas, que entrevistou seus 32 clientes com esse nível profissional.

O valor leva em consideração uma graduação, uma pós-graduação, depois de alguns anos um MBA e um curso fora do País (72% dos entrevistados fizeram cursos no exterior), além de curso tradicional de idiomas (inglês, espanhol), três workshops e/ou treinamentos durante a carreira, palestras e cursos de aprimoramento pessoal. Vale lembrar que esse cálculo também é feito com o valor presente (veja detalhes na tabela).

Nova mentalidade

Segundo o diretor de Projetos Especiais da Apoema, Marcos Tonin, o mais interessante da pesquisa é que embora 92% dos executivos entrevistados saibam da importância de continuar estudando para manter o emprego e a capacidade de trabalho, apenas 18% realmente estão cursando algum tipo de faculdade, especialização ou MBA.

"O problema dos latinoamericanos em geral, brasileiros incluídos, é que eles esperam que a empresa invista neles", observa. "Eles não veem cursos como investimento, mas sim como gasto", acrescenta Tonin. "Trabalhamos para mudar essa mentalidade, para mostrar ao executivo o que ele precisa fazer para atingir o que quer. Mas é a própria pessoa que decide aonde quer chegar e quando", destaca. A Apoema trabalha com desenvolvimento profissional e pessoal.

Relacionamento

Apesar de a especialização ser fundamental para conseguir uma boa carreira, Tonin ressalta que esse não é o único tipo de estudo que o profissional deve planejar ao longo da vida. De acordo com o diretor, é preciso estudar comportamento e relacionamento interpessoal para se dar bem em qualquer área de atuação.

O especialista em gestão empresarial Werner Kuelmeier concorda com a avaliação de Tonin e afirma ainda que, tão importantes quanto a formação acadêmica, são a iniciativa e a criatividade.

"É preciso lapidar os comportamentos indesejados, até com ajuda profissional se for o caso, e lançar mão de ideias que os outros não tenham", afirma. "Também é importante o profissional se lançar em desafios, como por exemplo, pedir a empresa para fazer um estágio na matriz fora do país", completa Kuelmeier.

Outro ponto fundamental no planejamento de sua carreira, afirmam os especialistas, é criar uma boa rede de contatos. Oito entre dez profissionais são recolocados no mercado por indicação de outro trabalhador da empresa.


















Fonte: Diário do Comércio - http://www.dcomercio.com.br/
26 de janeiro de 2009.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Projeto do CFC - Profissão Contábil em Paíse de Língua Portuguesa


Projeto de Transferência de Conhecimentos da Profissão Contábil para os Países de Língua Portuguesa.





O ano de 2008 referendou a Contabilidade brasileira não só no campo nacional, mas, principalmente, no campo internacional. Expressivos acordos com representantes de outros países foram assinados em prol da classe, com vistas a inserir a Contabilidade no contexto mundial. E um dos grandes acordos firmados em 2008 ocorreu em Lisboa, no mês de maio, entre o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), denominado Projeto de Transferência de Conhecimentos da Profissão Contábil para os Países de Língua Portuguesa.

Idealizado pelo CFC, oprojeto tem como objetivo principal transferir conhecimentos da profissão contábil para os países de língua portuguesa e se propõe, ainda, identificar por meio de pré-diagnóstico as necessidades da profissão contábil nos países de língua portuguesa; avaliar, em face do diagnóstico, as ações a serem implementadas e elaborar um plano de ação para atendimento às necessidades priorizadas em cada um dos países.

De acordo com o planejamento de trabalho, foram definidas cinco áreas estratégicas de atuação: organização profissional, formação continuada, apoio aos cursos de graduação e pós-graduação, responsabilidade profissional, social e ambiental e, por fim, o acervo cultural. Segundo o membro do comitê gestor e coordenador do Projeto no Brasil, contador Juarez Domingues Carneiro, a parceria com o CTOC é uma oportunidade de intercâmbio, de aprendizado e de realização de projetos comuns que atendam não só aos contabilistas brasileiros e portugueses, mas também à sociedade. "O projeto de transferência do conhecimento é o primeiro passo de um trabalho conjunto e inédito, constituindo-se em um verdadeiro projeto de Responsabilidade Profissional, Social e Ambiental de impacto internacional na profissão contábil dos países objeto das ações", revela.

O Comitê Gestor elegeu inicialmente os países Moçambique e Angola para a implementação do projeto de transferência. A expectativa é de um envolvimento dos Conselhos Regionais de Contabilidade e dos demais organismos contábeis, como a Fundação Brasileira de Contabilidade, a Fenacon e os Sindicatos, além do aporte de recursos de Instituições financeiras nacionais e internacionais que tenham compromisso com projetos sociais e que possibilitem o intercâmbio de informações e conhecimentos entre organizações e profissionais de todos os países envolvidos.

O Comitê Gestor do CFC é formado pela presidente Maria Clara Cavalcante Bugarim; pelo vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, José Martonio Alves Coelho; e pelo vice-presidente de Desenvolvimento Operacional, Juarez Domingues Carneiro. Já a equipe do CTOC é formada pelo seu presidente Antonio Domingues de Avezedo e pelos doutores Armando Pereira Marques, Filomena Maria Felgueiras Abreu Lima Moreira, Jaime Soares dos Santos e Mario de Souza Azevedo.


Fonte: Agência de Notícias - Comunicação CFC - 23 de janeiro de 2009.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SPED: O caminho para a modernidade



SPED NO PROGRESSO E NA MODERNIDADE.


21 de janeiro de 2009 às 00:01



Durante anos as inovações advindas do desenvolvimento tecnológico, como a internet, as linguagens XML e XBRL, Web Services e diversos outros serviços, não foram aproveitadas pelos órgãos fiscalizadores. Finalmente, essa realidade está mudando.


Hoje, a maioria das empresas de médio e grande porte já dispõe de recursos de informática para efetuar de forma eletrônica tanto a escrituração fiscal quanto a contábil, o que fez com que as imagens em papel passassem, simplesmente, a reproduzir as informações oriundas do meio eletrônico. Contudo, até poucos anos atrás, os livros fiscais e contábeis continuavam sendo gerados em papel.


As mudanças surgiram aos poucos. Primeiro, os Fiscos criaram arquivos magnéticos com layouts diferenciados contendo milhares de informações, inclusive contábeis, visando melhorias operacionais internas, ou seja, ganhos em produtividade. Ao longo do tempo, cada unidade da federação elaborou arquivos magnéticos complexos, que os contribuintes deveriam apresentar mensal, trimestral ou anualmente.


Da mesma forma, as prefeituras brasileiras, a Receita Federal do Brasil e a Previdência Social também criaram arquivos magnéticos específicos, conforme suas necessidades, a serem preenchidos por seus contribuintes.


Em especial, a Receita Federal do Brasil criou a Instrução Normativa nº. 86, de 22/10/2001, que tem como objetivo principal, coletar de forma eletrônica as informações das principais atividades empresariais do País, que tem sido bastante utilizada.


Esses fatores acarretaram em uma situação inusitada no Brasil: o surgimento de softwares específicos para atendimento à miríade de arquivos magnéticos e obrigações acessórias existentes no País.


Tais softwares demandam equipes de consultoria específicas para acompanhamento de legislação e grandes equipes de desenvolvimento (programadores) para manterem os softwares atualizados.


Em 2001, surgiu então a ICP Brasil (Medida Provisória 2200-2/01), com objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras, viabilizando o uso do documento eletrônico. Esse foi o passo mais significativo no processo de modernização governamental.


Mas ainda faltava o Fisco. Em 2005, a Receita Federal do Brasil iniciou o projeto para a construção do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), que tem como principais objetivos:


• Promover a integração dos Fiscos;
• Padronizar e compartilhar as informações contábeis e fiscais;
• Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias;
• Estabelecer uma transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores;
• Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários;
• Fiscalizar de forma mais efetiva as operações, com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica;
• Acelerar o acesso às informações.


Com a informatização do Fisco, o Governo Federal, que ainda pretende promover a integração dos Fiscos federal, estadual e municipal, passou a padronizar, racionalizar e compartilhar as informações fiscais.


O projeto SPED é um trabalho continuado, mesmo porque já existem adaptações e necessidades, identificadas nesses quatro anos de vigência, que ensejam a abertura do que poderíamos chamar de “Segunda Fase”. Algumas adaptações na legislação vigente deverão ser objetos de estudos e encaminhamento na propositura de projetos de leis, sempre com objetivo de salvaguardar os preceitos constitucionais do cidadão brasileiro.




Fonte: http://www.administradores.com.br - Por Luiz Antonio Balaminut - Coordenador do Comitê de Pronunciamentos Contábeis do Conselho Federal de Contabilidade – CFC.

Entenda como a taxa básica de juros influencia a economia



21/01/2009 - 18h55 - da Folha Online


A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo BC (Banco Central) para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia. Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao crédito e consome mais. Este aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender um consumo maior.

Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento --que ficam mais custosos--, a economia desacelera e evita-se que os preços subam --ou seja, que ocorra inflação.

Com a redução da taxa básica de juros (Selic), o BC também diminui a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, começa a "sobrar" um pouco mais de dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo. Se a taxa sobe, ocorre o inverso.

É por isso que os empresários pedem corte nas taxas, para viabilizar investimentos, ainda mais em tempos de crise, como agora. Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores.

Em um cenário normal, é também por esse motivo que as Bolsas sobem nos Estados Unidos ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair.

Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida suga como um ralo o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo.

Selic

Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos.

O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias.

Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos. A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influência sobre os juros de toda a economia.

Copom

O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.

O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração.

O Copom se reúne em dois dias seguidos. No primeiro dia da reunião, participam também os chefes dos seguintes: Departamento Econômico (Depec), Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin), Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), além do gerente-executivo da Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin).



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/

SPED - Prazo



Direito Corporativo

21/01 - 00:39


Sped terá de ser implementado até maio de 2009.


São Paulo, 21 de Janeiro de 2009 - Maio de 2009 é o prazo final para que todos os contribuintes que são obrigados a pagar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) se adequem ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). O novo procedimento, que altera o repasse de informações das empresas à Receita Federal, obriga que todos os contribuintes que constam em uma lista divulgada em 8 de janeiro entreguem até, no máximo, dia 31 de maio, os documentos fiscais digitalizados referentes ao período entre janeiro a abril deste ano..

"Algumas empresas conseguiram prazos mais prolongados para se adaptar, pois isso varia de estado para estado. Pernambuco e o Distrito Federal, por exemplo, têm um sistema próprio de escrituração digital", explica Luis Carlos Franco, do Demarest e Almeida Advogados. Entretanto, o coordenador do Sped na Receita Federal, Carlos Sussumo Oda, garante que o prazo não será mais estendido.

"O Sped fiscal já começou a valer e se trata de uma mudança de cultura que envolve toda a área de informática, tecnologia da informação tributária de uma empresa. É uma mudança fiscal drástica", avalia Priscila Calil do, Pompeu, Longo, Kignel e Cipullo Advogados. A advogada Ana Cláudia Utumi, do TozziniFreire Advogados, garante que há clientes que não conseguiram se adaptar ao Sped e já pleitearam uma prorrogação, "mas ainda não obtiveram resposta". Segundo ela, as empresas ainda estão aprendendo como será o dia-a-dia do sistema.

Dificuldades

Priscila Calil diz que uma das preocupações é que as informações enviadas ao Fisco sejam acessadas tanto pelo Fisco federal quanto pelo municipal. "O temor é quanto à garantia de sigilo das informações fiscais", diz. Para Luis Carlos Franco, a dificuldade de se implementar o programa é operacional. "O Sped obriga a instalação de um software que poucas empresas oferecem ao mercado. Além disso, há uma resistência e um temor por parte dos contribuintes, já que a integração dos dados significa um obstáculo à sonegação", diz. Para ele, trata-se mais da falta de fornecedor do que negligência, bem como um outro empecilho: "o temor que o Sped desperta no contribuinte, já que, às vezes, um erro de digitação nas informações digitalizadas pode vir a ser interpretado pela Receita como uma infração tributária", afirma.

Gabriel Marinelli, do Queiroz e Lautenschläger Advogados , também teme que o Fisco aplique multas desnecessárias e acredita que uma das dificuldades é que as empresas têm de reunir as informações e atualizá-las e muitas não contam com a documentação em dia. Para ele, o importante é que o contribuinte verifique a legislação tributária, quais são os impostos devidos dia-a-dia, para não ter dificuldades em manter as informações atualizadas. Ana Cláudia Utumi diz que a preocupação que o contribuinte deve ter é na hora de informar os dados, pois "as informações estarão à disposição das autoridades em um tempo muito menor, necessitando que se adote um monitoramento dos procedimentos fiscais atualizados e revisados mensalmente", alerta.

Benefícios No que se refere aos benefícios do programa, Ana Cláudia Utumi garante que o Sped é uma "ferramenta de importância inquestionável para o Fisco, pois reduzirá a evasão fiscal". Além disso, outro aspecto positivo, segundo Gabriel Marinelli, é o fato de se reduzir custos com arquivamento de documentos em papel.

Luis Carlos Franco afirma que o Sped, por integrar as informações, aumentará a competitividade, pois permitirá que o contribuinte, seja ele de pequeno, médio e grande porte, tenha a mesma análise. "Esse combate à sonegação poderá, ainda, reduzir, no futuro, a carga tributária", afirma o advogado que ressalta que o importante é que o sistema seja disseminado. Ele lembra, no entanto, que apesar de a implantação do programa ter um custo alto, "não se pode admitir brechas".

Software

O diretor de operações da Mastersaf, Washington Fray, afirma que a demanda de empresas solicitando a implementação do sistema é grande e que um dos obstáculos é o custo que o Sped demanda. "Os preços variam conforme a situação e porte da empresa. O valor vai de R$ 50 mil a R$ 1 milhão", explica. A empresa conta, hoje, com 2,6 mil estabelecimentos na lista de clientes, sendo que 60% deles já contam com o sistema implementado. Os outros 40% estão em início do projeto, que leva de três a seis meses para estar em funcionamento. "Ainda há muitas empresas, inclusive de grande porte, que não foram atrás de uma solução no mercado por não acreditar que o Sped é uma realidade, mas a integração é um caminho sem volta com um cunho, inclusive, sócio-ambiental, pois reduzirá o uso de papéis", diz.

O programa

O programa, na prática, integra os fiscos federal, estadual e municipal, uniformiza o processo de coleta de dados contábeis e fiscais e é formado por três sistemas que atuarão em conjunto para o Fisco: o Sped Contábil (a substituição dos livros da escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais), o Sped Fiscal (escrituração Fiscal Digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos) e a Nota Fiscal Eletrônica (que permite centralizar todas as movimentações dos contribuintes).



Fonte: Gazeta Mercantil - Caderno A - Pág. 9 - Por Andrezza Queiroga.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ano novo, empresa nova





Planejamento.



Planeje passo a passo e torne-se um empreendedor com chances de sucesso.


Luciane Crippa - 20/01/2009 - 16:02.


São Paulo -
Entre as muitas determinações de cada um para o começo de ano pode estar a de realizar o sonho de ser o próprio patrão, abrindo uma empresa. A grande maioria dos empreendedores, no entanto, lança o novo negócio sem qualquer preparação inicial, podendo transformar o sonho em um pesadelo real.

Segundo levantamento do Sebrae/SP, 31% dos empresários que abriram empresas no Estado em 2005 se lançaram no mercado sem qualquer informação sobre gestão e sobre o ramo de atuação. Isto teve impacto direto no índice de sobrevivência dos pequenos negócios monitorado pelo estudo Sobrevivência e Mortalidade de Empresas, realizado pelo Observatório das Micro e Pequenas Empresas (MPE), do Sebrae/SP.

“O Plano de Negócios é um documento que pode ser considerado um plano de voo do empreendedor, no qual ele relaciona todas as informações referentes ao novo negócio, tal qual o mapeamento da concorrência, o tamanho do potencial público-alvo, bem como simulações dos cenários nos quais vai atuar”, ensina Ari Antonio Rosolem, consultor administrativo-financeiro do Sebrae/SP.

Empreender não é uma aventura - Para quem pensa em abrir um negócio, a preparação é essencial para evitar ingressar nas estatísticas de mortalidade dos jovens empreendimentos. “Abrir uma empresa não pode ser uma aventura”, diz Rosolem.

Durante três meses, a empresária Luciana Bechara, proprietária da Be Little, com sede em Curitiba e cerca de 80 pontos-de-venda no Estado de São Paulo, levantou informações para lançar sua confecção no mercado. “Identifiquei uma oportunidade de fazer roupinhas para bebês prematuros”, lembra Bechara.

Ela lançou seu empreendimento em meados de 2001 e atualmente distribui as roupinhas em pontos-de-venda do Brasil todo. “Até hoje, faço cursos de atualização específicos na minha área”, comenta. “Tenho certeza de que a preparação anterior ao negócio foi essencial para a sobrevivência nos primeiros anos. Confecção é um segmento muito concorrido”, comenta.

O consultor Rosolem aponta três pontos essenciais para os novos empreendedores:

- Conhecimento: prefira lançar sua empresa numa área sobre a qual já tenha conhecimento. “Não quer dizer que abrir uma empresa em um segmento pouco conhecido, signifique que a empresa vai quebrar, mas levantar todos os dados sobre a área vai exigir muito mais energia do empreendedor, e mais capital também”, diz o consultor.

- Invista capital próprio: não existe começar uma empresa do zero, sem dinheiro algum. “Recorrer aos bancos é praticamente impossível para o jovem empresário, pois ele não tem garantias para trocar pelo dinheiro”, aponta Rosolem. O conselho é usar capital próprio. “Se tomar dinheiro emprestado da família, combine para começar a pagar só após 12 meses. A essa altura, a empresa já tem mais chances de ser lucrativa”, aconselha.

- Faça seu Plano de Negócios: quando o empresário coloca tudo no papel, fica mais fácil fazer contas e projeções. Veja os principais itens para fazer o seu Plano.

Confira reportagem veiculada no Jornal Hoje, da TV Globo, sobre a importância do planejamento para quem está pensando em começar 2009 como dono do próprio negócio.

Fonte: Serviço: Informações à Imprensa - (11) 3177-4904
(Luciane Crippa) - lucianec@sp.sebrae.com.br

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Desconto do IR sobre rendimentos pagos a pessoas físicas em 2009




No cálculo do Imposto de Renda incidente na fonte, pela tabela progressiva, sobre rendimentos pagos a pessoas físicas durante ao ano-calendário de 2009, aplica-se a tabela mensal abaixo reproduzida (Lei nº 11.482/2007, art. 1º, inc. III, alterada pela Medida Provisória nº 451/2008, art. 15, e Instrução Normativa RFB nº 803/2007, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 867/2008):


Tabela para o ano-calendário de 2009

Base de cálculo R$

Alíquota %

Parcela a deduzir do imposto R$

Até 1.434,59

-

-

De 1.434,60 até 2.150,00

7,5

107,59

De 2.150,01 até 2.866,70

15

268,84

De 2.866,71 até 3.582,00

22,5

483,84

Acima de 3.582,00

27,5

662,94

Dedução por dependente: R$ 144,20


Para calcular o imposto, efetuam-se, no rendimento bruto, as deduções admitidas, determinando-se a base de cálculo, sobre a qual se aplica a alíquota correspondente, e, do valor do imposto apurado, subtrai-se a parcela a deduzir constante da tabela.

Estão sujeitos ao desconto do Imposto de Renda na Fonte pela tabela progressiva:

a) os rendimentos do trabalho assalariado pagos por pessoas físicas e jurídicas (inclusive participação dos empregados nos lucros ou resultados da empresa, a qual é tributada separadamente dos demais rendimentos pagos ao beneficiário no mês);

b) os rendimentos pagos a titular de empresa individual, sócios, dirigentes, administradores e conselheiros de pessoas jurídicas, a título de pró-labore, remuneração mensal por prestação de serviços ou pelo exercício da função, incl usive:

b.1) gratificação ou participação no resultado;

b.2) remuneração indireta (fringe benefits), quando identificados e individualizados os respectivos beneficiários (veja o item 14);

b.3) rendimentos pagos ao titular ou aos sócios de microempresas ou empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, exceto os rendimentos pagos a título de lucros (que não se sujeitam à incidência do imposto);

c) os rendimentos do trabalho não assalariado (remuneração pela prestação de serviços, comissões e corretagens, direitos autorais etc.) pagos por pessoas jurídicas, inclusive por cooperativas e por pessoas jurídicas de direito público, a pessoas físicas;

d) os aluguéis e royalties pagos por pessoas jurídicas a pessoas físicas;

e) os benefícios pagos a pessoas físicas pelas entidades de previdência privada, inclusive as importâncias correspondentes ao resgate de contribuições, exceto:

e.1) o valor de resgate de contribuições cujo ônus tenha sido da pessoa física, recebido por ocasião de seu desligamento do plano de benefício da entidade, que corresponder às parcelas de contri buições efetuadas no período de 1º.01.1989 a 31.12.1995;

e.2) os seguros decorrentes de morte ou invalidez permanente do participante;

f) os resgates efetuados pelos quotistas de Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), instituídos pela Lei nº 9.477/1997;

g) os interesses e quaisquer outros rendimentos de partes beneficiárias pagos a pessoas físicas.

Para os fatos geradores ocorridos desde 1º.10.2008, o imposto retido na fonte deverá ser pago até o último dia útil do segundo decêndio do mês subseqüente ao mês do pagamento dos rendimentos (RIR/1999, art. 865, II, Lei nº 11.196/2005, art. 70, I, "d", alterada pela Medida Provisória nº 447/2008, arts. 1º a 7º, e Medida Provisória nº 449/2008, art. 62).


Fonte: Newsletter Boletim IOB - Edição nº. 373 - 09-janeiro-2009
http://www.iob.com.br/newsletters/cadastro.asp

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Administrando o Orçamento

Administrando o Orçamento em 2009


Está começando o ano e com ele também as contas a pagar. Esta é a época em que o consumidor está mais endividado, e não é para menos. Dentre as dívidas tradicionais deste período estão: vencimento de parcelas de compras realizadas no final de ano, IPVA, IPTU e matrículas escolares.


Com a expectativa de uma redução do ritmo de crescimento da economia no próximo ano, em decorrência da crise financeira internacional, mais do que nunca a administração do orçamento familiar torna-se essencial, uma vez que com um orçamento bem planejado o consumidor pode planejar e organizar melhor o futuro da família e manter o orçamento equilibrado.


Pensando nisso, venho ilustrar uma orientação aos consumidores para a realização de um planejamento financeiro eficaz. Não basta apenas equilibrar receitas e despesas. É preciso adotar a prática do consumo consciente.


PLANEJAMENTO FINANCEIRO - DICAS

1. EQUILÍBRIO ENTRE RECEITA E DESPESA
O ideal é que o consumidor não gaste além do que ganha, evitando, assim, apertos financeiros e possibilitando o planejamento dos gastos futuros.


2. COMPRA CONSCIENTE
A decisão pela realização de compras e, conseqüentemente, do uso do crédito, deve ser feita com consciência. A compra por impulso pode fazer com que se gaste dinheiro à toa e que o produto não tenha nenhuma utilidade na prática.


3. ESCOLHA DA FORMA DE PAGAMENTO
A dica é que o consumidor opte pelo pagamento à vista de suas compras, uma vez que se pode obter bons descontos. Se não for possível, a pesquisa de taxas e prazos em outros estabelecimentos deve ser fundamental para a tomada de decisão.


4. PESQUISA DE PREÇOS E PRODUTOS
Às vezes a diferença de preços de um estabelecimento para outro pode ser enorme. A pesquisa em outros estabelecimentos pode resultar em uma grande economia para o consumidor. Além disso, é fundamental levar em consideração a relação qualidade X preço.


5. PRIORIDADES PARA OS PAGAMENTOS
O correto é que o consumidor pague as suas contas até o vencimento para evitar multas, mas, quando não é possível, deve-se estabelecer uma lista de prioridades, analisando quais pagamentos são inadiáveis, quais podem ser parcelados e/ou negociados e o que é possível deixar para depois.


6. ANÁLISE DOS JUROS COBRADOS
Definidas as prioridades, o consumidor deve verificar os juros cobrados em determinada conta após o vencimento. A taxa de juros pode ser mais baixa em determinada conta do que em outra. Assim, o ideal é dar prioridade ao pagamento das contas em que os juros cobrados são mais elevados.


7. RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS
A contratação de um crédito/financiamento com taxa de juros menor pode ser a alternativa, por exemplo, para pagar a fatura de cartão de crédito. A pesquisa da taxa de juros de outras linhas de crédito ou até mesmo uma renegociação de uma dívida antiga pode ser a saída para aliviar, de certa forma, o bolso do consumidor.


8. PLANEJAMENTO
O ideal é que o consumidor consiga planejar os gastos e guardar pelo menos 30% da sua renda mensal para eventuais imprevistos e investimentos. A importância da elaboração de um planejamento financeiro se dá no momento em que se é possível analisar como a renda está sendo gasta, permitindo o uso mais racional do dinheiro e o planejamento de forma realista de gastos futuros, evitando, assim, que se gaste além do que se ganha.


PASSO-A-PASSO: PLANEJAMENTO FINANCEIRO


1. Reúna os comprovantes de pagamentos das contas dos últimos meses;
2. Elenque todos os ganhos (salários e demais rendas);
3. Relacione os gastos do último mês, dividindo-os em fixos, variáveis e eventuais;
4. Compare o valor total dos ganhos com as despesas;
5. Por fim, realize um balanceamento das receitas e despesas mensais. O ideal é que o saldo, ou seja, a diferença entre receitas e despesas seja positiva. Assim, o consumidor pode fazer uma reserva financeira para um determinado objetivo e ainda identificar os gastos que podem ser eliminados ou reduzidos;
6. Se o saldo for zero, o ideal é realizar uma negociação de dívidas com credores, evitando que se torne um inadimplente e equilibrando o orçamento doméstico.


Enfim, as dificuldades financeiras podem resultar, na maioria das vezes, da má administração do dinheiro ou ainda de práticas que prejudiquem o seu uso. Assim, a adoção da prática financeira de elaboração de um planejamento financeiro pode ser fundamental, até mesmo para que o consumidor possa se organizar para as despesas extras, tais como as de início de ano, evitando, assim, uma possível inadimplência.


Willian Ferreira dos Santos

willian_limeira@vivax.com.br

Administrando o Caixa da Empresa na Crise Atual


Como Administrar o Caixa da Empresa na Crise Atual


Em meio à turbulência da crise financeira surgem os desafios sob diversos ângulos da gestão da pequena empresa. A maior preocupação é com a questão do crédito, um fator crucial para o equacionamento da vida financeira das empresas. A crise é de confiança e isso é um breque nos diversos movimentos da economia: na decisão de consumo, por parte do consumidor, e na decisão de investimento, por parte dos empresários.

Para driblar esse momento e preparar-se para atravessar essa onda de instabilidade, esse é o momento ideal de redimensionar os planos, a previsão de gastos e a situação financeira, a fim de poder equacionar o fluxo de caixa de maneira satisfatória. O caixa reflete todas as decisões estratégicas da empresa, ao mesmo tempo em que ele é um norte para as próximas decisões.

Os cuidados para a administração do caixa vão desde a análise dos planos estratégicos, até o efetivo pagamento das contas do dia a dia. Cabe ao empresário contemplar as mais diferentes situações possíveis, a partir do seu Fluxo de Caixa, simular diferentes alternativas e localizar possíveis pontos críticos, a fim de solucioná-los com a devida antecedência.

A fim de orientar o gestor do Fluxo de Caixa da empresa, no sentido de se prevenir de possíveis gargalos financeiros, vai aqui algumas dicas a serem observadas:

Negociar com fornecedores: procurar negociar prazos alongados de pagamentos que possibilitem ao empresário ter um capital de giro maior; renegociar contratos já assumidos, buscando sempre o alongamento de prazos; verificar as taxas que foram negociadas e buscar uma redução no momento da negociação. Para novos contratos, fazer diversas cotações e comparar sempre prazos e taxas.

Negociar com clientes prazos de pagamentos mais curtos: de outro lado procurar sempre negociar com os clientes prazos mais curtos para recebimento de parcelas. Essa redução de prazo, conjugado com o alongamento das negociações com fornecedores, poderá dar um fôlego à empresa no que diz respeito ao capital de giro.

Avaliar a forma de remuneração do capital da empresa: para empresas que possuem capital remunerado em aplicações de mercado avaliar e comparar alternativas oferecidas, comparando taxas e prazos.

Melhorar a reciprocidade bancária: reduzir o número de bancos com quem opera, a fim de evitar o pagamento duplicado de tarifas. Reduzindo o número de bancos melhora a reciprocidade bancária e, com isso, o empresário tem maior poder de barganha para negociar redução de pacotes de tarifas com o gerente de sua agência.

Reavaliar seu perfil de endividamento: rever seu nível de endividamento; verificar as possibilidades de redução de sua dívida; planejar o pagamento das dívidas; renegociar saldos devedores e taxas aplicadas; procurar planejar o pagamento de grandes amortizações em momentos favoráveis do fluxo de caixa; renegociar esses desembolsos quando o fluxo de caixa é desfavorável, a fim de não provocar saldos negativos que poderá levar a empresa à necessidade de novas dívidas.

Reduzir custos desnecessários, fixar metas de despesas: analisar sempre a prioridade dos desembolsos, identificando os que são de urgência e planejando os demais para momentos mais adequados, considerando inclusive o parcelamento dos mesmos; verificar outras possibilidades em relação ao desembolso, outras formas menos onerosas; comparar o custo-benefício de cada uma delas.

Avaliar o custo de seus estoques: verificar a real necessidade do nível do estoque; avaliar o custo desse estoque, em comparação com a geração de caixa que ele proporciona, bem como sua margem de lucro; buscar alternativas, por exemplo, a encomenda de mercadorias com data prevista, a fim de não deixar estoque parado mais do que o necessário ao giro do negócio.

Avaliar formas de recebimento de clientes em atraso: controlar o cadastro de inadimplentes; propor renegociações; conceder descontos, a fim de recuperar créditos e gerar melhor capital para o giro dos negócios.

Avaliar gastos com logística e planejar operações: avaliar na negociação custo de entrega e de fretes, bem como formas de reduzir o preço dessa operação, analisando alternativas; comparar custos de entrega e de retirada própria; avaliar riscos de desvio de mercadorias e outros problemas que podem encarecer o custo da logística, por exemplo, seguro de mercadorias.

Verificar possíveis perdas: perda é todo valor não recebido por conta de erros na operação ou da falta de prevenção. Podem ocorrer de diversas formas, muitas vezes imperceptíveis, que podem reduzir o resultado final da operação. Utilizar mecanismos de aferição de mercadorias e difundir procedimentos que possam reduzir custos.

Reavaliar investimentos: com a crise que se anuncia na economia, cabe a reavaliação dos planos de investimentos, identificando os que possam dar retorno e calculando o valor desse retorno, bem como seu prazo. A partir dessas informações, decidir pela sua continuidade ou interrupção. Se houver mais fatores de incerteza, cabe a reprogramação do investimento, caso contrário, o mesmo poderá levar a empresa a uma situação maior de endividamento.

Analisar a posição de seus ativos e respectivos custos: verificar o custo de manutenção dos ativos, bem como a viabilidade de venda de parte de seus ativos mais onerosos e que não indiquem retorno no curto prazo.

Rever todos os processos operacionais: conforme o ramo de negócio, verificar todas as etapas de sua atividade, bem como seus custos. Com base nessa análise será possível identificar quais atividades estão de acordo com o foco do negócio e, a partir disso, eliminar tarefas desnecessárias e onerosas, obtendo maior produtividade com menor custo.

Essas e outras providências podem ser tomadas, a fim de buscar uma gestão de caixa eficaz. As perdas e gastos desnecessários podem estar ocorrendo nesse momento na empresa, sem a devida identificação.

Como se pode observar, a administração do caixa é estratégica. Passa pela avaliação de todos os processos da empresa que gerem custo ou receita. Nesse momento, ter tudo organizado e dimensionado é crucial. Essa, sem dúvida, pode ser uma decisão que pode mudar o rumo da empresa.



Willian Ferreira dos Santos
willian_limeira@vivax.com.br